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Trabalhadores da ELETROBRAS rejeitam proposta

Greve que estava programada para esta quarta e quinta-feira (29 e 30) foi suspensa

Os trabalhadores rejeitaram a proposta do grupo Eletrobras sobre o pagamento da Participação nos Lucros e Resultados (PLR), referente ao exercício de 2013. A decisão foi tomada em duas assembleias ocorridas no início desta tarde (28/05).

Na assembleia realizada na Eletronuclear, 100% (83) dos presentes consideraram insuficiente a proposta. Já no Sintergia, que reuniu trabalhadores de Furnas, Eletrobras e Cepel, a votação foi apertada. 115 trabalhadores rejeitaram a proposta contra 102. Em ambas, foi deliberada a suspensão da greve. Os trabalhadores vão aguardar a reunião com a empresa, marcada para amanhã (29), para que ela avalie a contraproposta elaborada na última terça-feira.

 

A PROPOSTA DA EMPRESA

Em reunião realizada ontem (27), em Brasília, a empresa propôs um pagamento diferenciado de PLR. Na prática, os funcionários das empresas que tiveram lucro financeiro em 2013 (como Eletronorte e Eletrosul) receberiam uma PLR maior do que os empregados de demais subsidiárias que fecharam o ano com prejuízo (por exemplo Furnas, Chesf, CGTEE e Eletronuclear).

Gunter Angelkorte, diretor do Sindicato dos Engenheiros (SENGE-RJ), lembra que nos anos anteriores, empresas como Furnas e Chesf garantiam o lucro da empresa. O sindicalista atribui o atual prejuízo das empresas a medida 579.

A proposta feita pela diretoria da Eletrobras também não prevê o pagamento de PLR para funcionários que trabalharam em 2013, mas entraram no Programa de Incentivo ao Desligamento (PID), que ficaram conhecidos como “PDVistas”.

Gunter considera a proposta insuficiente. “Ela exclui os que trabalharam no ano passado e aderiram ao PID”, afirma. Ele defende que a proposta seja única para todas as empresas. “O resultado da companhia é consolidado e não por companhia. Cada empresa tem seu balanço, mas no final o que vale, até para medir o desempenho de todos, é o consolidado”, explica o diretor do SENGE-RJ.

 

A CONTRAPOPOSTA

A contraproposta inclui os trabalhadores que aderiram ao PID e prevê a unificação do pagamento da PLR para todas as empresas do grupo. Há também a reivindicação pelos duodecimais – 1/12 do 13º salário e 1/12 das férias -, que significa 16% de uma remuneração.  Exclusão de partes do texto que se referem a avaliações individuais de desempenho. E retirada das que se referem aos “objetivos empresariais”.

O diretor do Senge-RJ afirma que a paralisação teve adesão de 90% a 95% dos empregados de todas as empresas do grupo Eletrobras. E ressalta que foram mantidos apenas os quadros considerados como essenciais para a operação.