Privatização da Eletrobras: Brasil na contramão do mundo
Mesmo na Grã-Bretanha, país pioneiro na implantação do neoliberalismo, a maior parte da população é a favor da nacionalização.
Com a proposta de privatizar o setor elétrico, o Brasil caminha na contramão do mundo. Mesmo na Grã-Bretanha, país pioneiro na implantação do neoliberalismo, a maior parte da população é a favor da nacionalização.
83% da população deste país é a favor da nacionalização da água e 77% da eletricidade e do gás, de acordo com pesquisa realizada por Matthew Elliott e James Kanagasooriam. Os dados foram apresentados no dia 09 de janeiro, pelo jornal britânico The Guardian publicou, no artigo We can undo privatization. And it won´t cost us a penny (“Podemos desfazer a privatização. E não nos custará um centavo”).
A mentalidade neoliberal perde cada vez mais espaço e tanto população quanto governo percebem a importância de manter nas mãos do estado um setor estratégico e fundamental para o desenvolvimento e a soberania de um país.
Na China, o setor elétrico é quase totalmente controlado pelo Estado, considerado um pilar estratégico. O país tem a maior população do mundo, o terceiro maior território e a segunda maior economia do planeta e possui uma crescente demanda interna de energia com carga dez vezes maior que a brasileira.
Nos Estados Unidos, considerada uma das economias mais liberais do mundo, apesar de o setor elétrico ser majoritariamente privado, as hidrelétricas são consideradas instalações estratégicas e fundamentais à segurança nacional e, portanto, são majoritariamente pertencentes ao Estado e em grande parte geridas pelo próprio exército americano.
Quer saber mais? Leia o artigo de Felipe Araújo, representante sindical do SENGE-RJ em Furnas aqui
Acesse o Especial Por que somos contra a privatização?