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Nota de Repúdio à declaração do secretário de juventude de Temer

"Sou filho de polícia, não é? Sou meio coxinha. Tinha era que matar mais", disse

Via CUT

A Secretaria Nacional de Juventude da CUT repudia as declarações vexatórias, permeadas de falta de humanidade do secretário Bruno Júlio durante a entrevista concedida ao O GLOBO sobre as chacinas nos presídios de Roraima e Manaus.

Em sua fala o Secretário afirmou:

"Eu sou meio coxinha sobre isso. Sou filho de polícia, não é? Sou meio coxinha. Tinha era que matar mais. Tinha que fazer uma chacina por semana."

É vergonhoso e preocupante saber que um gestor nacional de área fundamental para a população de um país, como a juventude, faça declarações como essas que são apologia ao crime, e, portanto, merecem ser repudiadas politicamente e investigadas.

Com suas declarações ao defender a chacina e ao massacre de presos no Brasil, consideramos que o Sr. Bruno Júlio passa a ser um agitador que estimula o ódio, ataca pessoas e estimula práticas ilícitas.

Manifestamos a nossa indignação e reafirmamos que esse secretário não representa a juventude brasileira e que continuaremos lutando e repudiando posicionamento como esse, principalmente de uma pessoa com a ficha policial como a dele.

Bruno Júlio é investigado por agredir a mulher em Belo Horizonte. Segundo a Polícia Civil mineira, ele foi acusado de lesão corporal pela ex-mulher e de assédio sexual por uma funcionária em outras duas investigações.

Em outro caso, registrado como lesão corporal, Bruno Júlio é suspeito de agredir com socos, tapas, chutes e puxões de cabelo a mulher com quem tinha uma união estável em março de 2014. À época, ela ainda relatou à polícia que foi ameaçada com uma faca porque o então companheiro não aceitava o fim do relacionamento.

Que moral esse indivíduo tem para secretariar a juventude brasileira?

Reivindicamos que o secretário Bruno Júlio possa responder à Justiça por sua apologia aos massacres e chacinas nos presídios brasileiros.

Existe uma tragédia a ser lamentada!

Existem famílias de presidiários em cada canto do País que exige e merece respeito!

 São Paulo, 05 de Janeiro de 2017.

Edjane Rodrigues

Secretária Nacional de Juventude da CUT