Exposição encerra com visita de estudantes
Alunos visitaram a estação do metrô e conheceram a história do engenheiro
Na manhã desta terça-feira (28), o SENGE-RJ encerrou a exposição sobre Rubens Paiva de maneira especial. Cerca de 30 alunos da Escola Estadual Jornalista Haroldo Fernandes visitaram a exposição, localizada na estação do metrô que leva o nome do engenheiro. O encerramento foi iniciado pelo diretor do Sindicato Marco Antonio Barbosa. O local já possui um busto de Rubens Paiva, inaugurado pelo SENGE-RJ em dezembro de 2014.
As estudantes Ana Beatriz Franco e Débora Martins, de 15 e 16 anos, respectivamente, estavam empolgadas. Elas afirmaram que não conheciam a história do bairro, mesmo morando na região, e demonstraram interesse em saber por que aquela é a única estação que não tem o nome do local, mas o de uma pessoa.
Para a professora Fátima Aparecida, diretora adjunta da escola, isso é fundamental.
“Os adolescentes precisam conhecer essa história, que também é deles, do bairro onde vivem”, afirmou.
Os monitores Cássia Moura e Walter Paulino destacaram o movimento da exposição, iniciada no dia 13 abril. Segundo eles, as pessoas se mostravam bastante interessadas. Cassia disse ter se surpreendido também com o discurso político da maioria, relacionando o que aconteceu na época da Ditadura Militar com o que está acontecendo no Brasil atualmente.
“É uma pena que também tenhamos visto algumas pessoas que acreditam que a solução para o Brasil é o retorno dos militares”, lamenta.
Conheça a exposição
Fotos e textos contam a trajetória profissional e política do ex-deputado federal e engenheiro brutalmente assassinado pela ditadura militar em 1971. A proposta de percorrer bairros, universidades e centros da cultura é fruto da certeza de que eternizar Rubens Paiva é o caminho para não deixar que caia no esquecimento o trágico desaparecimento de uma jovem liderança brasileira, que defendeu a democracia e a justiça social como cidadão, como profissional e como parlamentar.
O político Rubens Paiva foi um defensor implacável da democracia e da soberania nacional. Como profissional, entre muitas obras de engenharia e de projetos que hoje são referências nacionais, esteve à frente da construção de casas populares no bairro da Pavuna, em um conjunto habitacional que hoje leva o seu nome, assim como a estação de Metrô mais próxima. Construídas pelo BNH, na década de 1960, as casas são reconhecidas como projetos de engenharia de qualidade e excelência no campo da habitação popular.
Entre outras históricas ações no parlamento, Rubens Paiva estimulou e assessorou o então deputado e advogado Almino Affonso a elaborar e a consolidar uma das principais conquistas dos profissionais da engenharia no país: a lei do Salário Mínimo Profissional (4.950-A/66).
Com a presença de seus filhos, autoridades e representantes de movimentos sociais foi lançada a exposição sobre sua trajetória. Seu busto foi inaugurado dia 12 de setembro de 2014, na Praça Lamartine Babo, na Rua Barão de Mesquita. Outra homenagem aconteceu no dia 12 de dezembro de 2014, também com a inauguração de seu busto na estação do metrô engenheiro Rubens Paiva (linha 2), onde agora se inaugura o circuito da exposição itinerante. Todos os atos públicos citados integram a série de homenagens a Rubens Paiva programadas pelo Sindicato dos Engenheiros no Estado do Rio de Janeiro (Senge-RJ) e a Federação Interestadual de Sindicato de Engenheiros (Fisenge).
A exposição “Engenheiro Rubens Paiva, presente!" tem como curador o jornalista Vladimir Sacchetta e como diretor de arte o arquiteto Marcos Cartum. Assina os bustos em bronze o escultor Edgar Duvivier.