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Eletrobras leva 100 dias para apresentar primeira proposta para ACT 2018

Pela 4ª rodada de negociação, dirigentes sindicais de vários estados se reuniram com os representantes da Eletrobras para discutir o ACT 2018. A pauta de reivindicações da categoria foi entregue no dia 06 de fevereiro passado.

FONTE: STIU-DF

Por Henrique Teixeira

Pela 4ª rodada de negociação, dirigentes sindicais de vários estados do País, entre eles o STIU-DF, se reuniram com os representantes da Eletrobras para discutir o ACT 2018. A reunião aconteceu em Brasília, na tarde desta quinta-feira (17).

A pauta de reivindicações da categoria foi entregue no dia 06 de fevereiro passado. No entanto, apenas hoje a primeira proposta foi apresentada, representando exatamente 100 dias. Ainda sim, rechaçada pelos dirigentes sindicais.

Pela proposta da empresa, os ACTs poderiam ser diferentes em todas as empresas da Eletrobras. Além disso, todos os benefícios com incidência de reajustes seriam congelados, como o tíquete alimentação e reembolso no plano de saúde. Também não haveria nenhuma compensação salarial, nem mesmo da inflação.

Além disso, quatro cláusulas do ACT vigente seriam extintas. Entre elas a 6ª, que trata das “Inovações tecnológicas”; a 7ª “quadro de pessoal”; a 8ª “normas e regulamentos de recursos humanos” e a 18ª, que trata da “política de transferência”.

Na avaliação dos dirigentes sindicais, essa proposta apresentada pelos representantes da empresa além de flexibilizar o ACT, possibilita demissões em massa e viabiliza o processo de privatização da Eletrobras.

Contraproposta da categoria

Ao discordar da proposta, os dirigentes sindicais propuseram uma nova contraproposta com cinco itens: que o atual ACT tenha validade até o fechamento do Acordo, ACTs iguais em todas as empresas, manutenção do Acordo atual, reajuste salarial pela inflação e que a 5ª rodada aconteça no dia 07 de junho.

Os representantes da Eletrobras ficaram de levar a contraproposta da categoria para avaliação. Contudo, concordaram com a data da próxima rodada e sinalizaram que aceitariam prorrogar o ACT vigente por mais 30 dias, valendo até o final de junho, caso a paralisação nacional de 72 horas nos dias 22, 23 e 24 de maio fosse suspensa pelas trabalhadoras e trabalhadores.

A questão será levada para deliberação da categoria em assembleias em todos os estados onde há representação do Coletivo Nacional dos Eletricitários (CNE).

No fim da reunião, os representantes da empresa negaram a informação de que houvesse intenção do Conselho de Administração da Eletrobras de demitir os trabalhadores anistiados e aposentados.