20121204 atonacionalsetorel%c3%a9tricocapa

Eletricitários protestam em frente a Eletrobras

Ato nacional também foi realizado em outras empresas pelo Brasil

O diretor do Senge-RJ Gunter Angelkorte discursa em frente à sede da Eletrobras, na Avenida Presidente Vargas, no Centro

 

Trabalhadores do setor elétrico em todo o Brasil um protesto na porta das empresas contra a medida provisória 579. No Rio de Janeiro, o ato foi realizado nesta segunda-feira, às 8h, com manifestações na porta de Furnas, Eletrobras, Eletronuclear e Cepel. Em seguida, às 12h, todos os trabalhadores se reuniram em frente à sede da holding Eletrobras, na Avenida Presidente Vargas, no centro da cidade.

Segundo o diretor do Senge-RJ, Gunter de Moura Angelkote, cerca de 80 pessoas compareceram ao ato. Para ele, a adesão pode ser considerada baixa. “Acho que as pessoas não estão enxergando o perigo. Eles estão caminhando em fio de navalha e não estão percebendo”, avalia Gunter.

Também estiveram presentes Miguel Sampaio e Maria Virgínia Brandão, também diretores do Senge-RJ.

Eletricitários protestam na sede de Furnas

Durante o ato, os diretores do sindicato distribuíram dois documentos elaborados pelo Senge-RJ que aponta os riscos da MP 579. No primeiro, o sindicato defende que a medida não reduzirá a tarifa de energia, como está sendo previsto, e ainda poderá enfraquecer as empresas estatais e trazer consequências negativas para os trabalhadores, como demissões em massa e aumento da terceirização.

O segundo documento aborda a metodologia para regulação das usinas nucleares em Angra dos Reis, proposta pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). Para o Senge-RJ, essa metodologia “apoia-se em elementos questionáveis do ponto de vista dos impactos que pode gerar.”

 

Riscos

Sancionada pela presidenta Dilma Rousseff no dia 11 de setembro, a MP 579 prevê a redução das tarifas de energia elétrica, em 16% para os consumidores residenciais e em 28% para os industriais. “O discurso de reduzir as tarifas de energia é bonito. Mas precisamos saber a que custo isso vai ser feito”, critica Agamenon Oliveira.

Leia abaixo os dois documentos elaborados pelo Senge-RJ e distribuídos durante o Ato Nacional do Setor Elétrico.