Diretor do Senge-RJ participa do Faixa Livre
No programa, Gunter de Moura Angelkorte criticou a medida provisória 579
O diretor do Senge-RJ Gunter de Moura Angelkorte participou, na manhã desta sexta-feira (30), de uma uma mesa redonda no programa Faixa Livre. Ao lado de Luís Pinguelli Rosa, diretor da COPPE-UFRJ, e Luís Pereira, diretor do Instituto Ilumina e funcionário aposentado de Furnas.
No programa, apresentado por Paulo Passarinho, Gunter criticou a medida provisória 579 e que ela vai acabar inviabilizando a captação de recursos das empresas e expansão do setor elétrico. Ele lembrou ainda que, após o anúncio da MP, as ações da bolsa de valores da Eletrobras até caíram.
“Isso foi causado por atitudes que não tem nada a ver com a empresa. Não caiu nenhuma linha de transmissão, nenhuma usina deixou de funcionar. A empresa continua mantendo seu compromisso de fornecer energia para o país e você destruiu a captação de recursos desta empresa no mercado”, afirmou ele.
Gunter, Luís Pinguelli e Luís Pereira defenderam ainda que a energia é um bem público e não deve ser tratada como mercadoria.
No programa de quinta-feira (29), Gunter foi entrevistado e falou sobre o Ato Nacional do Setor Elétrico, que será realizado na segunda-feira (03), a partir das 8h, na porta das empresas em todo o Brasil. No Rio, as manifestações acontecerão em Furnas, Eletronuclear, Eletrobras e no Cepel.
Entenda a MP 579
Divulgada como uma forma de reduzir as tarifas de energia elétrica, em 16% para os consumidores residenciais e em 28% para os industriais, na média, a MP 579 foi sancionada pela presidenta Dilma Rousseff no dia 11 de setembro de 2012 e está sendo chamado de “O 11 de setembro do setor elétrico.”
O Senge-RJ demonstra preocupação com a maneira como essa redução na tarifa será feita. Através de um documento enviado à base, o sindicato questiona quem irá “pagar essa conta.” Além disso, o sindicato também afirma que a MP levam à descapitalização das empresas, ou seja, à perda de receita, necessária para investimentos. Além disso, isso pode levar à futuras privatizações. O sindicato defende que é necessário fortalecer o papel das empresas estatais como promotoras do desenvolvimento do país.
“É nesse sentido que se quer reforçar aqui a missão das empresas estatais: desenvolver e aperfeiçoar tecnologia, construir e manter infraestruturas, de forma a garantir a expansão e a qualidade da capacidade instalada de geração, transmissão e distribuição no país”, afirma o sindicato.