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CET-Rio mantém cláusula 74 na proposta

Em audiência realizada nesta segunda-feira, empresa afirmou que mantém posição inicial

 

Representantes da CET-Rio afirmaram, em audiência realizada nesta segunda-feira (12) no Ministério Público do Trabalho (MPT), que manterá a cláusula 74 da proposta de Acordo Coletivo de Trabalho (ACT).

O texto proposto pela empresa estabelece que o Plano de Cargos, Carreiras e Salários (PCCS) seria implementado a partir de setembro deste ano, “zerando eventuais avaliações anteriores não implementadas.”

Segundo o representante do Senge-RJ na CET-Rio, Ely Emerson, os representantes da empresa afirmaram que não se intimidaram com a posição do MPT e que não irão mudar o texto da cláusula.

“Nós, trabalhadores, vamos continuar resistindo contra essa cláusula”, afirmou Emerson.

 

Renúncia de direitos

Segundo a advogada do Senge-RJ Daniele Gabrich Gueiros, este trecho não pode ser encaminhado pelo sindicato para deliberação porque expressa “renúncia de direitos”. Além disso, o diretor do Senge-RJ, Gunter Angelkorte, destacou que o sindicato não concorda em assinar renúncia de direitos dos trabalhadores.

“A procuradora entendeu que a cláusula, realmente, estabelece renúncia de direitos”, diz o diretor do Senge-RJ Paulo Granja, que esteve presente na audiência. “A própria procuradoria entendeu a postura do Senge-RJ e elaborou uma proposta que já tinha sido oferecida por nós.”

Em assembleia realizada no dia 29 de agosto, o sindicato explicou que a proposta enviada pela empresa não poderia ser encaminhada por expressar renúncia de direitos. O Senge-RJ propôs, então, assinar o acordo, retirando a parte “zerando eventuais avaliações anteriores”. Após um extenso debate, 23 dos 28 engenheiros presentes aprovaram alterar a cláusula.

“A negação da empresa é a afirmação de que existe um direito dos trabalhadores. Ao dizer que vai retirar as 'avaliações anteriores', a própria CET-Rio afirma que existem avaliações que não foram pagas, que os trabalhadores não receberam”, defende Granja.