Trabalhadores rejeitam proposta da EPE
Empregados farão uma greve de advertência na próxima quarta-feira (18)
Em assembleia realizada nesta quinta-feira (12), os trabalhadores da Empresa de Pesquisa Energética (EPE) rejeitaram a proposta da empresa para o Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) 2013/2014.
Os trabalhadores farão uma greve de advertência na próxima quarta-feira (19). Eles pedem que a EPE discuta as cláusulas com os sindicatos, para atender às demandas dos empregados.
Leia o informe dos trabalhadores:
Reunidos em assembleia geral no dia 12 de Setembro de 2013, os trabalhadores da EPE deliberaram por uma greve de advertência na próxima quarta-feira dia 18. Esta foi a única saída encontrada pelo conjunto dos empregados diante do descaso e desrespeito por parte da direção da empresa ao processo negocial instaurado desde o mês de Abril.
A pauta de reivindicações foi entregue formalmente a empresa no dia 5 de Abril e desde esta data as reuniões foram sendo sistematicamente postergadas e quando aconteciam a empresa sequer apresentava uma proposta. Nas duas rodadas de negociação a EPE somente se comprometeu a reajustar os salários e benefícios utilizando o IPCA do período, o que convenhamos, é muito pouco. Nunca se dispôs a discutir o restante das cláusulas apresentadas.
Diante das constantes negativas em negociar a comissão de empregados preparou um documento dando uma fundamentação consistente a pauta enviada a empresa onde vários caminhos e possibilidades foram indicados. Nem assim a empresa se sensibilizou além do que a representação da empresa passou a ter um comportamento arrogante e desafiador da capacidade dos empregados reagirem a tamanha desconsideração e desapreço.
Os empregados estão conscientes do papel estratégico desempenhado pela EPE dentro do contexto do planejamento e expansão do setor elétrico tendo a empresa jogado um papel cada vez mais importante nos últimos anos. Não se justifica o tratamento dado por ela ao corpo de empregados, patrimônio indispensável e repositório do conhecimento técnico requerido para cumprir a missão para a qual a EPE foi criada.
Soma-se a isto a falta de perspectiva de carreira dentro da empresa, onde o principal instrumento de promoção interna, seu PCS (Plano de Cargos e Salários) além de ultrapassado vem sendo sistematicamente manipulado em seu sistema de avaliação de desempenho com resultados pré-fabricados para beneficiar as pessoas preferidas pela empresa.
Diante deste quadro só restou a paralisação como forma de sensibilizar a direção da EPE.