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Trabalhadores de Furnas fazem ato contra privatização

Representante sindical do SENGE Rio destacou as consequências para a população e para a economia brasileira caso controle da Eletrobras seja entregue.

O diretor do SENGE Rio Miguel Sampaio e o representante sindical em Furnas Felipe Araújo participaram, nesta segunda-feira (25) do ato contra a privatização do setor elétrico. Trabalhadores ativos e aposentados e militantes de movimentos sociais fizeram uma caminhada com panfletaço da sede da empresa, na Rua Real Grandeza, em Botafogo, até o metrô que fica no mesmo bairro.

Felipe conta que o objetivo do ato foi mostrar para a população as mentiras contadas pelo governo federal para justificar a privatização. Segundo ele, os números que o Ministro de Minas e Energia utilizou em carta aos parlamentares são de 2015, que são desfavoráveis. Em 2016 e 2017, até o momento, a empresa já obteve lucros de R$ 3,4 bilhões e R$ 1,394 bilhões, respectivamente.

“Destacamos também que a privatização vai trazer aumento nas tarifas e consequentemente aumento da inflação. Não serão apenas as contas de luz que irão subir, mas também o preço dos produtos, pois a indústria vai repassar o aumento”, afirma o representante sindical do SENGE Rio em Furnas.

Ele destaca ainda que o Estado, principalmente através das empresas públicas, desempenha o papel fundamental como agente fomentador, inovador e empreendedor. Apenas com a atuação do Estado brasileiro foi possível o desenvolvimento da indústria deenergia eólica, por exemplo, através do fomento de pesquisas em energias renováveis e o programa Proinfra. Empresas privadas nãoterão esse comprometimento com a sociedade brasileira.

“A única certeza que temos em relação à gestão privada é que será mais eficiente na exploração da mão-de-obra, aumento de mortes, e no lobby junto ao Congresso para aumentar constantemente a sua margem de lucro. E quem vai pagar esse lucro será a população”, denuncia Felipe.

Felipe afirmou também que a conversa dos trabalhadores com a população é fundamental. Para ele, quem passava e via o ato parava para ouvir os argumentos e conversar, além de pegar os panfletos (distribuídos foram 8.000). Um deles destaca nove razões para ser contra a privatização da Eletrobras. Para ler e baixar o documento, clique aqui.