Sete motivos para lutar contra a privatização da Chesf
O ilegítimo governo Temer quer privatizar as principais empresas públicas de energia elétrica do país. O objetivo é a entrega completa do patrimônio público ao controle dos banqueiros e das transnacionais para aumentar seus lucros.
Fonte: MAB
O ilegítimo governo Temer quer privatizar as principais empresas públicas de energia elétrica do país. O objetivo é a entrega completa do patrimônio público ao controle dos banqueiros e das transnacionais para aumentar seus lucros. O povo brasileiro será o grande prejudicado. Neste artigo, escolhemos a CHESF como símbolo e apresentamos ao povo brasileiro sete motivos para lutar contra sua privatização.
1. O patrimônio da Chesf é muito grande.
A empresa possui 12 hidrelétricas 100% suas, mais 20% de Jirau/RO, 15% de Belo Monte/PA, 24,5% da usina Dardanelos/MT e ainda 128 subestações e 20.314 quilômetros de linhas de transmissão, que equivale a meia volta no planeta Terra.
2. A riqueza gerada pelo trabalho dos trabalhadores é gigantesca.
Todas estas usinas geraram no ano de 2012, ano de chuvas normais, cerca de 50,11 milhões de MWh, equivalente ao consumo anual de todas residências no nordeste, norte e centro-oeste do Brasil. Se esta energia passar a ser vendida a R$ 200,00/MWh como pretende o capital, somente com as usinas geraria um faturamento aos empresários de aproximadamente R$ 10 bilhões/ano. É isso que está sendo disputado.
3. Não é privatização, é roubo de patrimônio público.
O ilegítimo governo Temer quer entregar o sistema Eletrobrás todo por R$ 20 bilhões. Somente uma usina da Chesf, a hidrelétrica de Xingó (2.139 MWmédios) custa este valor. Esta usina em capacidade de produção é semelhante a usina de Jirau (2.184 MWmédios) que custou R$ 19 bilhões de investimento. Portando, não será venda, será um crime contra a Pátria.
4. O patrimônio da Chesf pertence ao povo
As hidrelétricas da Chesf foram pagas pelo povo e são de propriedade do povo. Todas estas usinas foram construídas antes de 1990, algumas a mais de 50 anos, e a população pagou tudo mensalmente em pequenas parcelas cobradas nas contas de luz de cada residência. Estas usinas e linhas de transmissão são patrimônio amortizado, que já foi pago pelo povo e portanto o povo tem direito de usufruir desse benefício, recebendo esta energia gerada a preços mais baratos.
5. A Chesf consegue oferecer ao povo a energia mais barata do Brasil.
Suas usinas vendem a energia mais barata do Brasil, algo em torno de R$ 63,00/1.000 kWh. Nenhuma empresa privada aceita e nem consegue vender sua energia a custos tão baixos. No entanto, se privatizar, os futuros donos querem alterar estes preços para gerar muito lucro e passarão a cobrar algo em torno de R$ 200,00/1.000 kWh, três vezes mais caro.
6. Se privatizar, vai aumentar a conta de luz.
Cerca de 87% (9.208 MW) da energia das usinas da Chesf estão compromissados em vender a energia mais barata do Brasil com contratos assinados até 31 de dezembro de 1942. Se privatizar, estes contratos serão revisados, o preço aumentado e repassado em aumentos futuros nas contas de luz. E o povo terá que ficar pagando a conta pelos próximos 30 anos.
7. Vai piorar a vida das populações atingidas.
Muita coisa precisa ser feita ainda nos municípios atingidos, inclusive a Chesf cometeu muitos erros históricos no tratamento aos direitos. No entanto, se privatizar as violações de direitos aumentarão e os investimentos nestas localidades acabarão. Toda riqueza será levada para fora da região, provavelmente para fora do país.