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PDV da Eletrobras será aprovado em abril

Informação é do diretor financeiro e de relações com investidores, Armando Casado

 

Fonte: Valor

 

SÃO PAULO - O diretor financeiro e de relações com investidores da Eletrobras, Armando Casado, afirmou nesta terça-feira que o programa de demissão incentivada da empresa será aprovado até o fim deste mês.

“Já padronizamos o programa de demissão em todas as empresas do grupo”, disse o executivo em teleconferência com analistas e investidores sobre o resultado da empresa em 2012. Casado lembra que a holding e o Ministério de Minas e Energia aprovaram o plano, restando apenas o aval do Ministério do Planejamento.

Segundo ele, o Ministério do Planejamento condicionou a aprovação à elaboração de um contrato de metas com ajustes em outros itens. As medidas incluem principalmente a realocação de pessoas entre empresas do grupo.

 

Privatização

Casado afirmou também que não seria “lógico” discutir sobre a privatização das distribuidoras do grupo nesse momento. Segundo ele, é preciso aguardar a definição sobre a possível prorrogação dos contratos de concessão das empresas da área de distribuição do grupo.

“Hoje falar sobre privatização [das distribuidoras] não seria lógico por causa do aguardo da prorrogação das concessões”, afirmou o executivo.

Ele acrescentou que a companhia vai contratar uma empresa de consultoria para realizar o plano de reestruturação das seis distribuidoras da empresa. A expectativa é apresentar um resultado do trabalho em 90 dias. “Esse prazo será importante para divulgar qual o melhor caminho”, disse.

O executivo também afirmou que a companhia vai criar uma sociedade de propósito específico (SPE) única para gerir a participação das grandes subsidiárias do grupo nas duas linhas de transmissão que levarão energia do complexo do rio Madeira até São Paulo. Hoje, cada subsidiária tem uma SPE própria para administrar a respectiva participação no projeto. Segundo ele, a decisão vai trazer ganho de escala.

As duas medidas estão previstas no plano diretor de negócios e gestão 2013-2017, que prevê investimentos de R$ 52,4 bilhões no período e metas agressivas de redução de custos. Segundo ele, a companhia vai “atacar primeiro” para depois mostrar os resultados.

O diretor também explicou que, como a relação dívida líquida/Ebitda da empresa está muito elevada, os novos financiamentos que a companhia tomar serão feitos com garantia da União. O objetivo é ter um menor custo de captação para os novos investimentos.

(Rodrigo Polito| Valor)