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Governo federal anuncia R$ 2,44 bilhões para universidades e institutos federais de ensino

Segundo o Ministério da Educação, parte dos recursos irá para a recomposição do orçamento discricionário das instituições, e parte para obras.

Fontes: Ag. Brasil e portal da CUT
Foto: Valter Campanato/Ag. Brasil 

O Governo Federal anunciou que vai alocar R$ 2,44 bilhões a mais para recompor o orçamento das universidades e institutos federais de educação.

O presidente Lula destacou o objetivo de retomar o papel central da educação. “Nós precisamos fazer esse país voltar (…). Começa pela educação, pela saúde, as coisas que nós sabemos que temos que fazer”, disse. “Minha volta à presidência é para provar que vamos recuperar o Brasil para os brasileiros.” 

Também reforçou a importância do diálogo. “Você imaginar que presidentes nunca gostaram de receber reitores. A única explicação para isso é que eles achavam que reitores sempre pediam coisas”. Agora, de acordo com Lula, essa prática está superada. “Nós resolvemos mudar essa história. Muita gente fica incomodada quando eu anuncio qualquer coisa e digo ‘nunca antes na história do Brasil’. Parece brincadeira, mas é verdade.”

Segundo o ministro da Educação, Camilo Santana, parte dos recursos irá para a recomposição do orçamento discricionário das instituições e parte para obras. "Vamos trabalhar muito para que o presidente [Lula] possa percorrer esse país e entregar várias obras importantes de melhorias para os nossos estudantes".

Os recursos foram viabilizados ainda no ano passado, quando o então gabinete de transição do presidente eleito Lula aprovou uma emenda constitucional que ampliou os gastos do governo federal para 2023.

Segundo Ricardo Marcelo Fonseca, presidente da Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes), as medidas são importantes, uma vez que os institutos federais e as universidades tiveram suas contas comprometidas pelas sucessivas reduções orçamentárias nos últimos anos. "Depois de quatro anos de diminuição crescente dos nossos orçamentos, e mais do que isso, como sabemos, de ataques às universidades, que eram continuamente detratadas, no segundo semestre do ano passado vimos que 2023 seria impossível".

De acordo com o ministro da Educação, as obras paradas ainda terão outro reforço. "O presidente deverá, nos próximos dias, anunciar uma ação importante: assinar uma medida provisória garantindo a retomada de toda as obras paralisadas e inacabadas da educação desse país, para que a gente possa entregar todas elas aos municípios e estados brasileiros", adiantou.

A ministra do Planejamento, Simone Tebet, também adiantou que não haverá bloqueios na área de educação este ano.