Chuva cortada

Escassez, custo e legislação aumentam a demanda por reúso de água

Inscrições para o curso do Senge-RJ sobre o aproveitamento de chuva em edificações se encerram nesta sexta-feira (5)


O crescimento de empreendimentos sustentáveis, que trazem, além de benefícios ao meio ambiente, economia nos gastos de energia e de água, entre outros, é uma tendência irreversível. No caso dos recursos hídricos, as frequentes necessidades de racionamento, o aumento do custo e a legislação explicam a maior demanda por soluções para reúso de água, segundo o professor e engenheiro Leonardo Nogueira. Consultor há 30 anos nessa área, ele é responsável pelo curso “Aproveitamento da água da chuva em edificações”, oferecido pelo Senge-RJ nos dias 9 e 10 de abril, cujas inscrições se encerram nesta sexta-feira (5).
 
Em 2018, o total de edifícios certificados com o selo Aqua HQE  no Brasil chegou a 502, ante 464 em 2017. O selo, concedido no país pela Fundação Vanzolini, cobre um conjunto de requisitos ambientais, inclusive o tratamento adequado de efluentes. 
 
No estado do Rio de Janeiro, desde 2004 uma lei obriga ao aproveitamento das águas pluviais nos empreendimentos residenciais com mais de 50 famílias ​e nos comerciais com mais de 50 m² de área construída. Uma norma brasileira de 2007 estabelece os critérios para esse aproveitamento. O racionamento e o encarecimento da água da rede pública estimulam o reúso. 
 
No curso oferecido pelo Senge-RJ estão em pauta os requisitos necessários e critérios para o aproveitamento das águas pluviais para fins prediais não potáveis. O curso se destina a engenheiros, arquitetos, administradores de imóveis, advogados, técnicos, tecnólogos, profissionais envolvidos com estudos ambientais e outros interessados no tema, com carga de 8 horas: dias 9 e 10, das 17h30 às 21h30. 
 
O programa cobre aspectos como tarifas e perspectivas de aumento, legislação e normas, usos da água no Brasil e regiões metropolitanas, possibilidades de reuso (águas cinzas e águas negras; opção por águas pluviais, conforme leis e normas específicas), a certificação e os benefícios advindos do aproveitamento das chuvas, os fatores de decisão (áreas de captação, precipitação, consumos e outros), a norma NBR 15527 (incluindo exercício para o aluno fazer casa -- definição da chuva de projeto, e estudos de casos em edifício residencial e em casa unifamiliar); sistemas disponíveis de coleta, tratamento e reservação, entre outros. 
 
Sócios do Senge-RJ (aspirante e profissional) pagam R$ 200,00; os profissionais regularizados no CREA-RJ não associados, R$ 400,00; e demais interessados, R$ 600,00. O pagamento pode ser feito em dez vezes no cartão de crédito ou à vista por meio de boleto bancário.
 
Sobre o professor:
O curso será dado pelo professor Leonardo Nogueira, engenheiro civil especialista em engenharia sanitária e ambiental graduado pela UFRJ, com pós-graduação em Engenharia Sanitária e Ambiental pela UERJ; Engenharia de Segurança do Trabalho pela UFF; e mestrado em Engenharia Ambiental pela UFRJ. Professor do MBA em Qualidade, Meio Ambiente e Segurança do Senac em 2016; da pós-graduação em Engenharia de Segurança em Universidade Paulista em 2015 e da pós-graduação em Saneamento da UERJ de 2014 a 2016.
Instrutor na Capacitação para Elaboração de Laudo Vistoria Predial, no módulo de Segurança Contra Incêndio, no Senge-RJ, no curso de Laudo Vistoria Predial das instalações hidro sanitárias no Crea-RJ e no SARJ.
Há 30 anos atua como consultor em projetos de infraestrutura, meio ambiente e sistemas de segurança e combate a incêndio. Foi também consultor do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento – PNUD em 2015; participou da elaboração de normas de segurança e saneamento para a ABNT; participou do Conselho de Meio Ambiente da Firjan; conselheiro do Crea-RJ; representou o Crea-RJ nos Conselhos Estadual e Municipal de Meio Ambiente e na Comissão Estadual de Controle Ambiental em 2014.