Entidades denunciam prática antissindical na direção da Eletrobras
Carta enviada à direção da holding repudia ameaças de demissões de dirigentes sindicais, em represália à sua atuação em defesa da empresa.
As denúncias de que a Eletrobras pretendia punir e até demitir dirigentes sindicais dos seus quadros, por estarem apoiando e participando de manifestações em defesa da integridade, da transparência e da governança da empresa, provocou a divulgação de carta de repúdio encaminhada à direção da holding, e assinada por oito entidades de trabalhadores, entre elas a Intersindical Interfurnas, da qual faz parte o Sindicato dos Engenheiros no Estado do Rio de Janeiro (Senge RJ). Também são signatários do documento a Confederação Nacional dos Urbanitários, a Federação Nacional dos Urbanitários, a Federação Nacional dos Trabalhadores de Energia, Água e Meio Ambiente, a Federação Interestadual dos Trabalhadores Urbanitários, a Federação Regional dos Urbanitários do Sudeste, o Sindinorte e a Intersul.
"As entidades signatárias deste documento alertam que tomarão todas as medidas políticas, jurídicas e de cunho sindical possíveis para evitar que tamanha aberração prospere, e espera que a diretoria da Eletrobras interrompa imediatamente essas práticas antissindicais, que tentam reprimir a atuação de dirigentes sindicais, mesmo porque essas ameaças não vão impedir a continuidade de nossa luta", diz o texto, que pode ser conferido abaixo, na íntegra:
CTA-CNE 054/2023
Brasília/DF, 19 de junho de 2023.
Sr. Wilson Ferreira Pinto Júnior
Presidente da Centrais Elétricas Brasileiras - ELETROBRAS
Sr. Marcelo Santos Ferreira
Gerência de Relações Trabalhistas e Sindicais - DSAT
CENTRAIS ELÉTRICAS BRASILEIRAS – ELETROBRAS
Ref.: Práticas antissindicais
Prezados Senhores,
Recebemos informações de que a Eletrobras pretende punir e até demitir dirigentes sindicais, pertencentes ao Sistema Eletrobras, que atuam no Estado do Rio de Janeiro, por organizarem e participarem, com o CNE, de atos públicos planejados com o objetivo de defender a reestatização da empresa, priorizando a retomada do poder de voto da União, proporcionalmente ao número de ações que detém; denunciar as irregularidades ocorridas no processo de privatização; suspender as demissões previstas através de PDV compulsório; e exigir a apuração rigorosa da matéria publicada pelo jornal Folha de S. Paulo, que publicou áudio revelando a escandalosa influência do Grupo 3G na montagem do Conselho de Administração da Eletrobras, bem como a responsabilização de todos os envolvidos nesse episódio.
Todas as entidades signatárias deste documento repudiam veementemente a tentativa de intimidação e de prática de assédio moral contra dirigentes sindicais, por estarem defendendo legitimamente os interesses do Brasil, dos trabalhadores, da própria instituição Eletrobras e denunciando atos lesivos ao patrimônio da União.
As entidades signatárias deste documento alertam que tomarão todas as medidas políticas, jurídicas e de cunho sindical possíveis para evitar que tamanha
aberração prospere, e espera que a diretoria da Eletrobras interrompa imediatamente essas práticas antissindicais, que tentam reprimir a atuação de
dirigentes sindicais, mesmo porque essas ameaças não vão impedir a continuidade de nossa luta.
Atenciosamente,
CONFEDERAÇÃO NACIONAL DOS URBANITÁRIOS
FEDERAÇÃO NACIONAL DOS URBANITÁRIOS
FEDERAÇÃO NACIONAL DOS TRABALHADORES DE ENERGIA, ÁGUA E MEIO
AMBIENTE
FEDERACÃO INTERESTADUAL DOS TRABALHADORES URBANITÁRIOS
FEDERAÇÃO REGIONAL DOS URBANITÁRIOS DO SUDESTE
SINDINORTE
INTERFURNAS
INTERSUL
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