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Em Congresso da UFRJ, diretor do Senge RJ defende auditoria da dívida pública

O engenheiro Agamenon Oliveira, diretor do Senge RJ e pesquisador do Cepel, participou da 15ª edição do Congresso Scientiarum História, realizado pelo HCTE/UFRJ, que teve como tema “Uma semente chamada Brasil”. Confira a íntegra da apresentação.

A crítica à captura dos estados pelo capital financeiro, por meio da dívida pública, foi destaque da apresentação de Agamenon Oliveira, diretor do Sindicato dos Engenheiros no Estado do Rio de Janeiro (Senge RJ), pesquisador do CEPEL/ Eletrobras e professor de História da Ciência na UFRJ, durante a mesa “Independência ou morte”, dentro da 15ª edição do Congresso Scientiarum História, evento anual do Programa de Pós-Graduação de História das Ciências, das Técnicas e Epistemologia (HCTE/UFRJ), que teve como tema “Uma semente chamada Brasil”.  

O diretor do Senge RJ defendeu a retomada da proposta de uma auditoria da dívida pública a partir do próximo ano, quando o Brasil terá um novo governo. Também ressaltou a relevância das ações para transição energética e o papel dos centros de pesquisa, como o Cepel, para um desenvolvimento nacional soberano, menos subalterno, dentro do contexto internacional. “A questão da tecnologia associada à energia é absolutamente fundamental no momento presente”, afirmou. 

A mesa “Independência ou morte” foi coordenada por Maira Fróes, professora NCE e coordenadora do HCTE/UFRJ, e por Lucia Helena Ramos, poeta, pedagoga e doutoranda do HCTE/UFRJ, com  apresentações também de Bruno Borja, professor MAR/UFRRJ, e de Jaime León, professor IE/UFRJ.  

O congresso homenageou  o centenário da Semana de Arte Moderna, do educador, político, antropólogo Darcy Ribeiro, e os 200 anos da Independência. Na pauta das mesas temáticas, as dificuldades de o país superar barreiras à sua autonomia, e questões relacionadas à nossa dependência econômica e cultural - tese de Celso Furtado e do grupo da Cepal, a volta do Brasil ao mapa da fome, a desigualdade social crescente e o racismo estrutural, as discussões sobre decolonização, o desafio da independência energética, que enfrenta atualmente ataques agressivos, com a venda de empresas estratégicas como a Eletrobras, Furnas e o desmonte da Petrobras e entrega do pré-sal, o ataque às Universidades Públicas com sucessivos cortes no orçamento para Educação e desrespeito  à comunidade científica, impedindo o desenvolvimento tecnológico e científico do Brasil.

Painel temático - Independência ou morte 

https://www.youtube.com/watch?v=YlNAQd7vH2s&t=377s