Senge mercadocesta

Dieese aponta queda da Cesta Básica em 13 capitais

Entre junho e julho de 2023, as quedas mais importantes ocorreram em Recife (-4,58%), Campo Grande (-4,37%), João Pessoa (-3,90%) e Aracaju (-3,51%). Salvador, Brasília e Fortaleza apresentaram estabilidade, com 0,03%, 0,04% e 0,05%, respectivamente.

A Pesquisa Nacional da Cesta Básica de Alimentos, realizada mensalmente pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (DIEESE) apontou a queda do valor do conjunto de alimentos básicos em 13 das 17 capitais onde atua. 

Já a comparação de valores entre julho de 2022 e julho de 2023 mostrou, segundo o levantamento, aumento de preços em 11 capitais, com variações que ficaram entre 0,11% em Belo Horizonte e 4,44% em Natal. Outras seis cidades apresentaram queda, com destaque para os percentuais de Recife (-3,88%), Vitória (-3,74%) e Brasília (-2,32%). 

Quando o período analisado é dos últimos sete meses, desde janeiro de 2023, é verificada queda em nove cidades, com taxas mais expressivas em Vitória (-7,44%), Goiânia (-6,66%), Belo Horizonte (-6,25%) e Campo Grande (-6,17%). As altas variaram entre 1,15%, em Fortaleza, e 5,02%, em Aracaju.

O peso no bolso do trabalhador
Com base na cesta mais cara, que, em julho, foi a de Porto Alegre, e levando em consideração a determinação constitucional que estabelece que o salário mínimo deve ser suficiente para suprir as despesas de um trabalhador e da família dele com alimentação, moradia, saúde, educação, vestuário, higiene, transporte, lazer e previdência, o DIEESE estima mensalmente o valor do salário mínimo necessário. Em julho de 2023, o salário mínimo necessário para a manutenção de uma família de quatro pessoas deveria ter sido de R$ 6.528,93 ou 4,95 vezes o mínimo de R$ 1.320,00.

A pesquisa aponta, ainda, o tempo médio necessário para adquirir os produtos da cesta básica, que passou de 113 horas e 19 minutos, em junho, para 111 horas e 08 minutos, em julho de 2023. Em julho de 2022, a jornada média era de 120 horas e 37 minutos. Quando se compara o custo da cesta e o salário mínimo líquido, ou seja, após o desconto de 7,5% referente à Previdência Social, verifica-se que o trabalhador remunerado pelo piso nacional comprometeu em média, em julho de 2023, 54,61% do rendimento líquido para adquirir os produtos alimentícios básicos, e, em junho, 55,63%. Em julho de 2022, o percentual ficou em 59,27%.

Foto: IDEME/Divulgação/Fotos Públicas/ND
Com informações do Dieese