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As Reformas Trabalhista e da Previdência e a “Insegurança Jurídica”

"É sempre bom lembrar, amanhã será outro dia e nós não vamos esquecer daqueles que nos prejudicaram".

Antônio Gerson*
 
 
Me impressiona como a maioria dos  deputados  e senadores  não querem enxergar além do seu próprio umbigo e estão sempre muito mais preocupados com resultados imediatos. As reformas trabalhista e da previdência, que o governo Temer “TEMERariamente” e seus aliados querem aprovar de qualquer maneira, prejudicando ainda mais os trabalhadores que já estão com seus salários reduzidos ou sem salários por conta do desemprego ou de atrasos no pagamento, têm a desaprovação, assim como o próprio governo, de gigantesca maioria da população. Caso consigam colocá-la em vigor, aqueles que votarem pela sua aprovação, estarão marcados e terão grandes dificuldades para conseguir reeleição.
Além disso, nas próximas eleições, o candidato à presidência que assumir compromisso de desfazer o que eventualmente for aprovado agora, certamente terá grande chance de ser eleito.
No discurso, os políticos costumam sempre utilizar como justificativa para a resistência dos empresários em retomar investimentos  a  “insegurança jurídica”, contraditoriamente entretanto os que defendem essas reformas estão criando exatamente o clima de insegurança que hoje se verifica, preocupados somente com seus próprios interesses e em agradar os  empresários que bancam suas campanhas, apostando ainda nas benesses que o governo promete dar  para conquistar seus votos. É sempre bom lembrar, amanhã será outro dia e nós não vamos esquecer daqueles que nos prejudicam. 
 
* engenheiro, autor do livro "Gás Natural no Brasil - Uma História de muitos erros e poucos acertos"