"Apagão" em reunião do CNE com Eletrobras reafirma o descaso com os trabalhadores
Em encontro com executivos, CNE apontou o descumprimento do Acordo Coletivo de Trabalho e perseguições sofridas pelos representantes eleitos pelos trabalhadores.
Negociação Coletiva: CNE x Eletrobras - Centrais Elétricas Brasileiras S/A
Vigência: 2022/2024
Data da ocorrência: 02/08/2023
Ocorrência: Informe do CNE
No último dia 31/07, os representantes da coordenação do Coletivo Nacional dos Eletricitários e das bases que compõem o sistema levaram ao vice-presidente executivo de Gente, Gestão e Cultura da Eletrobras, José Renato Domingues, ao atual gerente de Relações Trabalhistas e Sindicais, Marcelo Ferreira e ao seu futuro sucessor, Fábio Amorim, o descontentamento com a forma com que os trabalhadores e seus representantes vêm sendo tratados.
Além do descumprimento do Acordo Coletivo de Trabalho, a coordenação do CNE denunciou o assédio moral coletivo ao qual os trabalhadores vêm sendo submetidos e a perseguição sistemática de seus representantes eleitos por parte da direção da empresa. Segundo o boletim, em lives promovidas pelo Escritório de Transformação e pela vice-presidência de Gente, são apresentadas propostas de alteração salarial e carga horária, em descumprimento com ACT assinado e homologado, após um longo processo de mediação, no Tribunal Superior do Trabalho.
A empresa, que passa por reestruturação, vem continuamente adiando a apresentação de sua nova organização de trabalho, ultrapassando, inclusive, o prazo para adesão ao Programa de Demissão Voluntária. Sem respostas concretas ou encaminhamentos, a empresa negou os fatos. O CNE evidencia que, sem nenhuma abertura para negociações por parte da Eletrobras, a greve, marcada para a próxima quarta-feira, 9 de agosto, é a única via legal para garantir os direitos dos trabalhadores e trabalhadoras.
Confira o boletim do CNE abaixo.
Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil
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